Conocimiento, percepciones y actitudes le los maestros de la municipalidad de Mafra, sobre el tema de maltrato infantil

  1. Vieira Gonçalves, Cristina Rosa Ferreira da Costa
Dirigida por:
  1. Tomás Sola Martínez Director/a
  2. Francisco Javier Hinojo Lucena Codirector/a
  3. José Antonio Pareja Fernández de la Reguera Codirector/a

Universidad de defensa: Universidad de Granada

Fecha de defensa: 27 de junio de 2012

Tribunal:
  1. Isabel Cantón Mayo Presidenta
  2. María Pilar Cáceres Reche Secretario/a
  3. Florentino Blázquez Entonado Vocal
  4. Daniel González González Vocal
  5. Salvador Peiró Gregori Vocal

Tipo: Tesis

Resumen

Poucos são os fenómenos tão transversais às diferentes classes sociais e sem limites de fronteiras como os que envolvem os maus-tratos perpetrados sobre os menores. Neste contexto, é dever de toda e qualquer sociedade, dita civilizada, desenvolver esforços que visem o debelar de atos desta natureza, os quais são a antítese da conceptualização do homem moderno. Vários são os profissionais que exercem neste verdadeiro combate um importante papel, sendo aquele protagonizado pelos docentes, um dos que se nos depara como mais frutífero, dado o contacto permanente e preferencial com os menores. Foi do desejo de perceber quais os principais saberes, perceções e atitudes deste grupo profissional, que nasceu o presente trabalho. Este teve como população alvo de análise docentes de três níveis distintos de ensino, a saber, do pré-escolar, primeiro e segundo ciclo do ensino básico português, circunscritos na área geográfica do Concelho de Mafra (zona a Oeste do distrito de Lisboa). Pelos caraterísticas do trabalho desenvolvido, este ganhou contornos de um estudo de caso. Foram utilizadas diferentes técnicas e instrumentos de recolha de dados, a saber, inquérito por questionário (aplicado a cerca de 331 docentes, com base numa técnica probabilística estratificada), entrevista e grupo de discussão. Os resultados obtidos permitiram dar a conhecer um panorama sobre o binómio maus-tratos e docentes, no que concerne: ao seu nível formação na área, circunstâncias passíveis de serem consideradas como situações de maus-tratos, capacidade de detetar indicadores/ sinais de maus-tratos, potenciais fatores envolvidos, principais situações a denunciar e reconhecimento de vivência de situações específicas. Das principais conclusões obtidas ressalta a necessidade de investimento na área da formação, para todos os profissionais envolvidos e com maior incidência nos docentes do nível mais elevado, realidade que certamente condiciona a catalogação das situações, o denunciar destas (condicionado ao implicar sofrimento severo na vítima) e reconhecimento de ocorrências no seio das suas turmas (inferior ao expectável quando analisados os números oficiais no período em estudo).